ago 24 2011

Fiscais do IBAMA de SC são afastados por cobrar propina

 Três fiscais do IBAMA foram afastados em Santa Catarina por suspeita de cobrança de propina para liberar e embargar empreendimentos imobiliários em dois municípios da região metropolitana de Florianópolis. Em um dos casos, a polícia afirma que os fiscais cobraram R$ 400 mil para liberar uma obra.

Segundo a Polícia Civil, os fiscais dificultavam os pedidos de licença ambiental para a construção de grandes empreendimentos e só liberavam as autorizações em troca de propina.

Em outro caso, há suspeita de que eles tenham embargado a obra de um shopping em São José, na Grande Florianópolis, a pedido de empresários de outro empreendimento, que estavam interessados em prejudicar o concorrente.

Em março, após a denúncia de um empresário que estava construindo um loteamento em São José e que afirmava estar sendo extorquido pelos fiscais, a Polícia Civil entrou no caso e passou a gravar as ligações dos fiscais.

Em uma das gravações divulgadas, uma das vozes, que a polícia aponta ser do fiscal Eduardo Benício de Abreu, explica para um empresário que estava sendo extorquido como pretendia dividir o dinheiro da extorsão com outros funcionários do IBAMA.

“Para o Alberto ia dar 80. Para esse fiscal que assinou comigo, eu ia dar R$ 70 mil para ele. Para esse eu vou dar R$ 40 mil, porque ele está aposentando, essa é a última tacada dele. Então, isso aí são R$ 135 mil. Dessa história, eu estava pensando o quê? Ganhar um R$ 50 mil, R$ 60 mil ou o mesmo que o cara lá, uns R$ 80 mil, R$ 70 mil. Porque na real sou eu que estava fazendo tudo”, disse o fiscal do IBAMA Eduardo Benício de Abreu.

Em entrevista à TV Globo, Abreu disse que conversou várias vezes com o empresário, mas afirmou que não tem certeza de que é sua a voz registrada na gravação. “Pode até ter sido eu, mas não sei em que contexto aquelas coisas estão colocadas. Eu nunca na minha vida pedi propina, distribuí propina, fiz parte de qualquer organização criminosa”, disse o fiscal.

Na sexta-feira passada (19), o Ministério Público Federal em SC anunciou que abriu uma investigação para apurar o caso. Atualmente os fiscais também enfrentam uma investigação interna do próprio Ibama. Segundo o instituto, o corregedor-geral foi enviado a Santa Catarina para examinar as denúncias. Os fiscais foram afastados de suas funções por 60 dias.

Fonte: Folha.com

É O QUE SEMPRE DIGO,  ” TODO LUGAR EXISTEM PESSOAS BOAS E PESSOAS RUINS! “

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