Sambô e companhia: um atentado ao rock (e ao samba)

‘Sangue Bom’, a nova novela das sete da
Globo, traz na abertura uma versão sambada de ‘Toda Forma de Amor’, de Lulu
Santos, e alça de vez ao estrelato uma brincadeira que tortura ouvidos ao
misturar sem critério rock e samba.

Como aguentar, por exemplo, uma canção como Sunday, Bloody Sunday, do U2, que trata de um massacre na Irlanda, em  ritmo de samba de gafieira?
Essa, aliás, parece a única vertente do samba conhecida por esses grupos, que fazem do gênero, tão rico em variações que chegou a ser definido por Vinicius de Moraes como “a tristeza que balança”, um lastimável pagodão. Não só o rock sai maltratado: o samba também.

Formado em 2006 em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o grupo tem um vocalista capaz de reproduzir de maneira hilária timbres de diferentes cantores, de Alcione, a Marrom, à roqueira Janis Joplin. O repertório é uma mistureba: tem desde samba de raiz e MPB, que o grupo faz até direitinho, como no caso de É Preciso Muito Amor (de Noca da Portela) e Fato Consumado (de Djavan). Mas o que os tornou famosos foi a releitura de clássicos do rock e do pop, tanto nacional como internacional, com roupagem sambada. Entram na lista músicas como Sunday Bloody Sunday, do U2 — cujo
conteúdo político, sobre um massacre de civis pelo Exército britânico ocorrido na Irlanda, é sacudido por um sambão de quebrar as cadeiras –, e Rock and Roll, do Led Zeppelin, que mais parece uma brincadeira da banda Massacration, dos humoristas Hermes e Renato. Neste ano, a banda emplacou uma versão de Toda Forma de Amor na abertura da novela das sete da Globo Sangue Bom.

Carol Nogueira em
04/05/2013-Celebridades/Revista Veja.

Nossa Opinião

Música é forma de expressão! Entendo que a música é um veículo
original dos nossos sentimentos e também da forma como enxergamos e reagimos
diante de diversas situações! Assim como tal, o grupo Sambô, partindo da sua
origem, não poderia ser diferente ao interpretar o grande
sucesso do U2- Sunday Bloody Sunday em ritmo de samba. Acho, portanto normal
que temas tristes e lamentáveis como esse sejam transmitidos em diferentes
formas… Entre elas o samba!

Respeitando todas as opiniões aqui registradas entendo
como equivocadas e até tendenciosas as colocações feitas pela jornalista!

 Gostar ou não da proposta do
Sambô é um direito!

Mas a crítica como tudo na vida, só tem validade quando é bem fundamentada
e feita com boas intenções! Caso contrário, beira a inveja e a maldade.

Comprei o DVD – SAMBÔ e achei ótimo!

 Vi nesse grupo muita dinâmica,
musicalidade e talento!

 “Aceito que detalhes como letra,
mensagem da música e interpretação tem que ser observados”.

No meu entender, no caso específico de Sunday, Bloody Sunday, poderia a banda dar uma interpretação mantendo a mesma pegada, mas com uma conotação séria, de revolta e protesto.

Me agradou e muito!…Sorte a todos.

 luiz mahtuk

O título desta materia tem a assinatura de Noel Rosa.

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